A vida de um engenheiro engenheiro, da origem ao presente

Eae Galeraaa!!! Muk outra vez. Tudo beleza? Espero que sim!

Então vamos LÁ!

Hoje vou contar um pouco sobre minha vida na engenharia até hoje, julho de 2019.

Hoje em dia no nosso mundo as profissões são muito bem segmentadas e especializadas. Observe a medicina por exemplo, temos médico de mão, de cabeça, de rim, coração e por ai vai. Agora observe o Mc Donalds, tem o caixa, o montador de lanche, o chapeiro, o fritador...

Na engenharia não é diferente. No meu caso faço analises muito especificas de viabilidade técnico e econômico de empreendimentos ligados a industria de base. Como tudo na vida leva um tempo, e até eu chegar aqui na engenharia passei por algumas etapas que me remete a mais remota infância.

Meu pai foi eletro técnico, antes trabalhou na roça, e desde de que me lembro como gente ele trabalhava em uma multinacional de computadores e as vezes ele trazia uns cacarecos para eu brincar... Tenho lembranças dele fazendo coisas, sempre fazendo, consertando, inventando e gambiarrando, rs. E até hoje em dia, beirando os 70 anos ela não passa sequer um dia sem fazer algo, plantar algo, criar, arrumar...

Minha mãe é outra "fazedora", desde os 13 anos trabalhava como costureira, aos 30 tinha uma confecção e empregava umas 10 pessoas, aos 44 largou a confecção e foi tocar um restaurante que toca até hoje.

Então esse jeito "fazedor" puxei geneticamente, desde criança brincava com lego e desmontava eletrodomésticos, na escola gostava de ciências e matemática, e se deliciava com desenho geométrico.

Aos 10 anos, mais ou menos, minha mãe me ensinou a fazer uma pulseira de corda, que eu fazia e vendia na escola e para conhecidos, aos 14 era office boy da minha mãe, ate que...

No segundo grau fui fazer o colegial técnico em mecânica, na antiga ETFSP, hoje IF Canindé. Saudosos tempos, muitos amigos, zoeiras e muita matemática e física aplicada. Eu pirava nas aulas práticas de fundição, usinagem e marcenaria.

Para finalizar o colégio técnico fui fazer estágio em uma importadora de bombas industriais, lá comecei aprendendo a viver em escritório, atendia clientes, compradores e fazia os dimensionamento e orçamentos. Com alguns meses fui me embrenhando pela empresa e logo tinha mudado de setor e estava fazendo programação em VB para meu chefe que era um engenheiro mecânico formado pela FEI. Com ele, e alguns colegas do trabalho aprendi muito sobre varias coisas, vivencia em escritório, vendas, programação e tive o gostinho de como é concorrência no setor privado.

Nesse meio tempo do colegial, meu pai foi demitido da multinacional de computadores, e com o dinheiro da rescisão mais seu fundo de garantia, foi ele aos 48 anos empreender todas fichas que tinha em um negócio no ramo de entretenimento onde ele trabalha até hoje.

No final de 1999 eu estava estagiando, acamando o colegial, meu pai e minha mãe abrindo o negócio deles, e la fui eu trabalha também com eles nos finais de semana e feriados. Naquela época eu já tinha uma pequena consciência sobre o ditado popula: " o trabalho te sustenta e o trabalho pós trabalho te enriquece". Mas como era jovem pensava mais em gastar e curtir a vida, do que economizar e planejar o futuro, que parecia tão distante....

E claro, como todo jovem mediano da classe mediana, pensava que o futuro estaria garantido fazendo uma faculdade e tem seu emprego. Então findo o colegial lá fui eu prestar os vestibulares. Nesse ano de 1999 só tomei bucha nas prova que tinha prestado. Passando apenas em faculdades particulares. Então graças aos esforços de meus pais fui fazer cursinho preparatório em 2000.

Durante o primeiro semestre eu estudava de manhã e de noite, trabalhava de tarde na importadora de bombas e de domingo com meus pais. No segundo semestre só estudava. E ao final das provas de vestibular havia passado em engenharia na Federal de São Carlos, na Unicamp e na Usp onde fui estudar.

Durante a graduação na Politécnica da USP, alem de fazer o que a maioria dos estudantes fazia, estudo e festas, eu continuava a trabalhar aos finais de semana e feriados com meus pais, trabalhei na faculdade como monitor da sala de informática, e durante a graduação fui me guiando pelas matérias e escolhendo o ramo da engenharia que eu ia seguir.

Em 2005 la fui eu novamente ser estagiário em um escritório de consultoria na área de mineração, lá aprendi a elaborar projetos técnicos e econômicos, aprendi muito sobre a burocracia governamental que envolve a engenharia, Os empreendedores no Brasil sofrem, isso mesmo "sofrem", com a nossa "buRRocracia". Hoje eu reconheço e falo que empreender legalmente no Brasil exige muito foco e perseverança.

É. Eu demorei mais que a média para me formar e sair da faculdade. Fiquei nela de 2000 a 2007. Festa de formatura glamourosa e cheia de pompa. E lá estava eu, engenheiro formado, "dono" do mundo e de mim mesmo. hahaha. As perspectivas eram boas, o Brasil em 2007 só fazia crescer.

Em 2008 fui aprovado para uma pós graduação na Federal de Ouro Preto, bancado pela Vale para futuros treines, e lá fui eu para BH estudar bancado pela Vale. O final desse curso coincidia com a quebra do Banco americano Lemman Brothers e o auge da crise do sub prime. Resultado: dos 90 pós graduados, bancados pela Vale, apenas 7 foram contratados e eu, recusado, voltei para São Paulo.

Como eu havia deixado a porta aberta, consegui voltar a trabalhar no escritório de consultoria. Crise brava assolando o mundo e o Brasil sofrendo a "marolinha", a empresa onde eu trabalhava era robusta e resiliente. Durante dois anos trabalhei muito, via meu salario aumentando, tanto o fixo, quanto o variável que dependia da entrega dos projetos.

A melhor coisa que me aconteceu nesse período, foi conhecer a Muka, com que me casei e tive duas filhas em 2010.

Em 2010 também, troquei de emprego, por um emprego mais "fixo e garantido". Mudei de ramo e ao invés de fazer projetos, fui analisar projetos. Sempre estudando e me especializando. Já fazem 9 anos que trabalho como engenheiro aqui, e por aqui pretendo ficar mais algum tempo, ou até a aposentadoria, rs. Se é que haverá aposentadoria...

Três adendos: Primeiro em 2000 abri minha primeira conta em corretora, na época a Hedging Griffo, mas comecei mesmo a operar renda variável em 2007.

Segundo: Trabalhei com meus pais até poder me sustentar sozinho em 2007 e voltei a trabalhar com eles em 2017. Pensamento: "o trabalho pós trabalho te enriquece" e outra os "velhos" estão ficando velhos, e como o empreendimento deles é rentável, com um belo fosso competitivo e de "alto" risco, resolvi que era hora de voltar as origens e ajudar a tocar o negócio familiar.

Terceiro: Nunca parei de estudar coisas novas e me aperfeiçoar. Sempre empreendendo e fazendo coias, fiz quase toda mobilia da minha casa, uma tempo atras inventei de fazer sabonetes, fiz muito freelances como engenheiro, faço brinquedos e passo horas pensando em um negócio próprio. Claro que tive períodos mais preguiçosos e outros mais produtivos.

Daqui para frente pretendo ir me aperfeiçoando nas engenharias, engenharia pessoal, engenharia do tempo, aplicar, revisar e voltar a planejar. Viver os ciclos da vida aprendendo e empreendendo.

Por hoje é isso pessoal. Se você chegou até aqui não deixe de se inscrever no Blog e fique a vontade para comentar.

Abraço do Muk, pois abraço é bom e é de graça.






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